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MULHERES SÃO MESMO DE MARTE

Há alguns anos li o livro “Homens são de marte e mulheres são de vênus”. Ao chegar no segundo capitulo me perguntei: Esse autor me conhece? Tudo o que li a respeito de homens e mulheres, de alguma forma, se enquadrava na minha vida. Interessante como nossos comportamentos, com relação ao gênero masculino e feminino, são parecidos.

Com relação às mulheres, há algumas coisas interessantes quando começamos a perceber ações em grupo, que são muito diferentes da ação dos homens. Me refiro especificamente às ações de consumo e a de fazer outros consumirem.

Isso me chamou mais atenção quando nossa empresa começou a apoiar um grupo de mulheres petropolitanas, EFI (Empreendedorismo Feminino Imperial), cujo intuito é promover o empoderamento feminino através do empreendedorismo e, com isso, promover uma melhora real e visível na qualidade de vida total e financeira das mulheres.

Grande parte dessas mulheres são donas de casa e com visão de implementar seu negócio na cidade. Essas 80 mulheres, hoje, uniram-se nesse grupo e ajudam-se mutuamente, não para promover o consumo entre si, mas promover ações que as permitam compreender melhor esta árdua tarefa de ser empresária.

E, se analisarmos nosso dia-a-dia, as mulheres sempre se agrupam, muito mais que os homens. Desde a mais tenra idade já promovem a festa do pijama, onde várias amiguinhas dormem uma noite na casa de uma delas. E isso, com o passar dos tempos, continua. Ainda hoje muitas mães apanham seus filhos na escola. E invariavelmente conversam com outras mães enquanto esperam. E o que fazem nessa hora? Conversam, entre outras coisas, sobre locais que vão: como manicure, cabeleireiro, coisas que compram e onde compram. Inadvertidamente vão formando o tal do “networking” que hoje está tão em moda. Elas mesmas contribuem para o aumento do consumo na cidade. E várias vezes, as empresárias “mães” vendem seu produto ou serviço nessas ocasiões. Tudo isso de uma forma natural e acontecendo secularmente, desde o tempo da minha tataravó. E a rede de consumo se consolida de tal forma que se expande.

É a “união faz a força”, que essa mulherada sabe tão bem fazer. Logo, nada mais natural, dessa união ser mais estruturada. O que faz todo o sentido. Nós homens, não temos esse “instinto”.

Opa! Então caiu a ficha! Unirem-se e ajudarem-se mutuamente. Perfeito! Agora vem a etapa de fazer, de forma assertiva e profissional, com que essas mulheres em grupo consigam estruturar seus negócios. Percebo, nessa hora, um fato que a grande maioria dos pequenos empresários não tem: conhecimento de gestão administrativa e sua importância.

Sempre brinco nas minhas palestras dizendo que se você conhece alguma coisa um pouco, você terá dúvidas sobre detalhes disso. Mas se você desconhece completamente o assunto e nunca ouviu falar, você não tem dúvida, mas tem “DÍVIDA”. Portanto, essas mulheres têm uma tarefa pela frente: começar a ter dúvidas e perceber que essas dúvidas a levarão a um outro patamar empresarial.

Um exemplo disso? Saber que existe um termo “layout” (ou leiaute aportuguesado). Se a empresária tem uma empresa que fabrica um produto, é possível que tenha que estudá-lo. Está com dívida? Nunca ouviu falar em leiaute? Viu? Levante isso no grupo ou na porta da escola. Transforme isso em dúvida. mairom.duarte@mairomconsultores.com.br.

* Mairom Duarte é Consultor em Gestão de Negócios e atua há mais de 25 anos em Consultoria de Gestão Empresarial.

 

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